Poesia: Danízio Dornelles
só é bem grande se for triste"
(Vinícius de Moraes)
Cala frio
na tempestade da noite
um pecado vazio
Amar
à luz da inversa utopia
é diluir-se em si
e no tempo
para encontrar-se em alguém
ou por aí...
Que rima buscas
onde já não há mais verso?
E que verso trazes
do fruto do sonho
que em carne secou?
Caminas por la noche
y los perros y brujas
son tus mejores compañeros
Querias voltar o tempo,
suprimir os ponteiros
que acorrentam teus braços
e cerram tua alma
Mas o disparo que queima
e a rebeldia do rio
se perdem no horizonte
onde repousam os desamores
Alheia à ferida
uma lua branca,
angelical,
sorri ao fascínio
por saber-se lua
por saber-se amada
ou talvez mulher
e dos medos
qual um segredo fúnebre
que, em vão, tentamos esquecer
Toda vez que o amor anoitece
aflora uma pequena morte
na madrugada dos dias mais azuis
e fica a procurar caminhos
na bruma inerte da paixão roubada
Rondando... rondando...
es como una mariposa negra de la mala suerte
Entre cicatrizes e desencantos
repousa o canto das aves noturnas
cujo voo singra o breu
e em cujas asas navega o mistério:
Amor,
último passo antes do abismo
por onde nos conduz a insensata paixão...
no caminho, emplumadas asas
ou rochedos de espinho
Navegar
é beijar ofegante os lábios puros
da Deusa-Descoberta
(onde quase tudo é permitido
em sua alma liberta)
exceto fazer da margem
secreto marasmo
de um porto seguro
Que Poema Lindo...
ResponderExcluirÉ uma Historia Real?
Ass: A Menina da Janela ao Lado
Gracias, Menina da Janela!
ResponderExcluirÉ uma história real, sim. Mesmo não sendo minha, de algum modo me tocou.
Puxa vida que amor lindo... Ela deve ter ficado muito contente com o Poema... Não Conhecia teu blog. Bem legal ;)
ResponderExcluirAss: Menina da Janela ao Lado