Em que fui poeira, vento, mar e solidão
Sombras marinhas percorrem teus cabelos
Enquanto navalhas de luz cortam minha carne
Por onde andaste, mulher amada?
Enquanto eu te buscava
no descaminho secreto, feito mundo
no brilho sombrio, que pensei amor
O calor de uma brasa se acomoda em mim
E fica a queimar e queimar a escuridão da noite
É quando estendo meus braços ao invisível
E te ouço dizer que tudo é real
Por onde andaste, mulher amada?
Enquanto minha luz definhava em vão
na solidão do outro lado do espelho