Imagem: desconhecido
Poesia: Danízio Dornelles
Poesia: Danízio Dornelles
Sob
o céu dos desiguais,
E
a floresta que avança
Mata
a terra e algo mais...
Vão
herdeiros do silêncio
Seguindo
o rastro da fome,
Que
a justiça anda esquecida
Da
miséria que os consome.
Agonizam
as espécies
Junto
às árvores do mal,
Morre
o verde das lavouras
Pelo
verde artificial;
Nas
searas dos humildes
Há
uma ausência anunciada,
Porque
a luz de luas mortas
Não
clareia a madrugada.
E
meus olhos perdem o brilho
Por
luas mal divididas,
Quem
mata a alma dos campos
Não
pode gerar a vida,
Pois
os mesmos alambrados,
Que
demarcam estas fronteiras,
Por
vezes têm cães de guerra,
Por
vezes viram poeira...
Agonizam
as espécies
Por
luas mal divididas,
Da
miséria que consome
A
justiça anda esquecida!
Só
meu sonho mais febril,
Em
meio à louca utopia,
Vê
enxadas sobre a terra,
Sob
a luz de um novo dia...
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O terço
O vestido da morte
21 de agosto
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