26.2.12

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Imgem: desconhecido
Poesia: Danízio Dornelles
No sol que é meu rumo
Nasce a tarde-mulher,
O verde se abre
Em seios fecundos
E, por um segundo,
O tempo requer:
- Que nasça outra vida
Em pétalas de espera

Desfolhadas nos olhos,
Lágrimas de outono,
No inverno, o abandono,
Pra outra primavera!

Assim, camarada,
A semente, os grãos,
Façamos do tempo
Seara partilhada,
A alma na estrada,
A história nas mãos!


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