Imagem: desconhecido
Poesia: Danízio Dornelles
Poesia: Danízio Dornelles
Dou às garras da
ganância
Que mesmo matando a
infância
Mantém o olhar
risonho
Um terço do que
semeei
Nas vergas que não
são minhas
Brotou cercado de
espinhos
Do sangue que não
herdei
O terço da minha
miséria
O terço que eu, só,
plantei
Na insensatez de uma
lei
Pertence a outras
artérias
Um terço para o
senhor
Um terço pra seu
sustento
Quem semeia contra o
vento
Só colhe frutos de
dor
As lágrimas sobre o
chão
(Flores brotadas do
avesso)
Lamentam também o
terço
Do trigo que não foi
pão
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