20.12.11

Extra

Autor (poesia/imagem): Danízio Dornelles

Passa das nove,
O operário sorri e acelera,
Enquanto o gigante de aço dilui seu riso
Numa nota morta,
Ensurdecedora...
As barbas brancas e o breu da noite,
Riso e aceleração,
O gesto ingênuo,
As horas que não findam...
Passa das nove,
Um operário que sente fome
Sorri e acelera o gigante de aço,
Cada vez mais faminto,
Cada vez mais insone,
Cada vez mais senhor
Do destino do operário,
Que simplesmente sorri.
Sorri e acelera.

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