18.12.11

Noturno

Autor (poesia/imagem): Danízio Dornelles

A noite mulata despiu suas vestes
No clarão noturno de outra lua morta
E uma brisa suave, toda indiferente
Veio de repente sussurrar na porta

E juntos os corpos – fantasmas errantes
Rasgaram a treva com a lua nos dedos
Pousaram luzeiros de mil pôr-de-sóis
E entre os lençóis deixaram segredos

O sal sobre a pele queimou em suspiros
E as chamas acesas nos olhos sedentos
Ganharam nuances de paz e poesia
A espera do dia em eterno momento

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