1.8.12

Insonofosforescência


Poesia/Imagem: Danízio Dornelles
Insone,
Que cada traço do teu abraço
Alimente o noturno da ausência
Insurgente facho de apego
Que dissolve o tempo feito lua
Na palidez da noite

Teu gesto ,
Calmaria e vendaval
No limiar do afago, que condena
Cúmplice fantasma errante
Inerte ao mundo mais comum
Que ameaça sucumbir antes do dia

Cá,
Deixamos nosso pó
Fragmento de luz
Fluido do amor maior

Além da asa,
Que medita tal encanto
Suspensos por um fio de utopia
Amanhecemos sonho
Amanhecemos povo
Amanhecemos mundo
Somos do antigo,
O que há de novo
E, num segundo
Somos do novo,
Um delírio primitivo

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