Poesia: Danízio Dornelles
Um anjo inerte
acolheu meu sono,
velando a lágrima
oculta em mar;
um anjo louco
um anjo louco
e um pouco santo
em tênis de lona
pôs-se a voar...
Outro descalço
chegou depois:
vergas de terra
por entre os dedos,
falava coisas
sobre divisas,
romper as cercas...
matar o medo...
Vieram tantos,
e tantos mais,
esculpir o tempo,
estático grão;
havia um anjo
da tempestade,
havia um anjo
da escuridão...
Vieram todos,
do mar, da bruma,
da lua rasa,
das flores mortas;
vieram anjos,
(vermelhas pipas)
no céu que habita
por trás das portas...
Leia também:
A razão da poesia
Vida-noite, roda-amor
Breve
Caminhante
Escuridão da poesia
Vieram todos,
do mar, da bruma,
da lua rasa,
das flores mortas;
vieram anjos,
(vermelhas pipas)
no céu que habita
por trás das portas...
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