Corpo de luz em mil devaneios
Abraço que toca um calado Neruda
Lágrima morta a correr entre os seios
Lua, existência e pecado na face oculta
Inocente lembrança, um baú de segredos
É a luz que se esvai no brilho dos olhos
O amor que anoitece no toque dos dedos
Lua, crescente delírio nas noites pequenas
Teu beijo é a fonte de tanta agonia
Teu rastro é a morte de todo o mistério
Navalhas de carne sangrando a poesia
Lua, tempestade noturna de um tempo febril
Adormece no espelho do quarto crescente
Depois será cheia de antigo silêncio
Ocultando o mistério do amor que ainda sente
Lua, canção derradeira de mar e espera
Estendo meus rumos de cúmplice amante
Delírio de outubro, apenas te peço
Que volte a ser luz depois da minguante
Lindo!
ResponderExcluirisso que eu chamo de poesia....
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