Poesia - Danízio Dornelles
Em frente...
Guerreiros desnudos
De mãos calejadas
Que a voz das enxadas
Não pode calar...
O sonho floresce
Na planta que cresce
E o pão se divide
Pra quem sabe amar
Em frente...
Andejos do nada
Destino traçado
Um brilho no olhar
A terra se abre
Abriga a semente
Que os filhos da gente
Verão germinar...
Em frente...
Que os legisladores
E a própria justiça
Retratam a cobiça
De antigos senhores...
Por trás do alambrado
Há morte a vigília
Na eterna partilha
Que nunca é lembrada...
Em frente...
Os sonhos fecundos
Semeiam no mundo
Uma nova esperança...
Um dia as enxadas
Derrubam a espada
E o sonho renasce
No olhar da criança...
(publicado no livro "Agricultura Familiar: Semente de Esperança" - 2006 - UNAIC - União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu)
Leia também:
Os olhos de Korda repousam sobre Cuba
Vermelhas bandeiras
Mudança
O verde das luas mortas
21 de agosto
(publicado no livro "Agricultura Familiar: Semente de Esperança" - 2006 - UNAIC - União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu)
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