Morri, mas não aos poucos,
Morri de morte, simplesmente...
Dessas que a gente sente
Doer na carne, entre os ossos,
Morri de estranha morte
Tão logo amanheceu
E uma nuvem sangrou o céu,
Com o escuro de suas cores,
Cores, tantas cores!
Sob o anil esmaecido deste céu febril
Que, lentamente, se derrama,
Metamorfoseando a vida
Numa vertigem qualquer...
Morri entre a luz dos fios compridos
E a verdade mais humana, miserável
Na espera pela curta solidão,
Que amo,
Na busca pelos olhos libertos,
Libertinos,
Que, como pássaros noturnos,
Sangram meu céu interior
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