9.1.12

Delírio

Autor (poesia/imagem): Danízio Dornelles


Vida, psicodélica mutação
Do vazio abstrato
Que ora me rouba a paz

Pele, que alma oculta esta epiderme?
Sonho, que sentido terá teu gesto?
Verbo, que gosto terá tua carne?

Sal!
Pavor!
Sombrio delírio!

Suspiro incontido que acende a noite
Febre que rasga as roupas
Dor, que sangra em desatino
Poesia que fenece em secreta agonia

Será - à luz do dia,
Um delírio de amor?

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